Intervenção de Pedro Purificação, membro da DORAL do PCP
9.ª Assembleia da Organização Regional do Algarve
15 Dezembro 2018, Faro
Camaradas
Quase um ano depois da decisão do CC sobre o lançamento da acção dos 5mil contactos, 250 para o Algarve, na sequencia das decisões do XX Congresso, e havendo um importante caminho ainda a percorrer até à conclusão desta acção há resultados que já se podem destacar e comprovam o acerto e a importância da decisão tomada.
Hoje, na região estão identificados 190 trabalhadores e concretizados 101 contactos que resultaram em 16 recrutamentos, além de dezenas de trabalhadores que apesar de não aderirem, ainda, ao PCP se disponibilizam para continuar a falar e a convergir com o Partido, exigindo que, da parte das organizações, se veja a integração destes trabalhadores em listas de envio de informação, mas também para tarefas no plano unitário ou a possibilidade de contacto para participar em iniciativas do Partido, por exemplo, na dinamização de listas de apoio à CDU para as eleições para o Parlamento Europeu, e legislativas do próximo ano.
Como resultado directo do recrutamento durante a acção dos 5mil contactos, contamos já hoje com a presença de alguns desses jovens camaradas aqui nesta assembleia.
Passamos a ter camaradas em vários locais de trabalho onde não tínhamos. Perspectivamos o reforço de células existentes e a criação de novas células de empresa e sectores.
E, reforçamos igualmente as possibilidades do Partido conhecer, influenciar, fazer convergir com os nossos objectivos e mobilizar para a luta a partir de muitos novos locais de trabalho.
Sem fazer um balanço rigoroso da acção, é de grande importância poder apontar como resultado da acção:
- passarmos a ter militantes em mais 10 locais de trabalho do distrito onde até ao momento não tínhamos.
- termos conseguido reforçar a célula dos trabalhadores da Câmara Municipal de Silves com o recrutamento de mais 2 trabalhadores.
- identificarmos, para contacto, trabalhadores nos locais de trabalho mais relevantes da região como Mar shooping, o aeroporto, ou as diversas câmaras municipais.
Em algumas situações, o recrutamento foi possível mesmo em empresas de difícil acesso, como o Parque de Campismo de Albufeira, a Citroên em Olhão ou os supermercados Apolónia e Recheio.
Além da importância da possibilidade da criação ou reactivação de células, há ainda a destacar o recrutamento de delegados sindicais.
Dito isto, importa não esquecer a necessidade de levar até ao fim o conjunto dos contactos que cada organização tem pela frente.
E, se queremos levar a tarefa até ao fim, temos que:
-
ter um nº significativamente superior de nomes;
-
Recensear mais nomes;
-
Continuar a centrar a atenção na concretização das conversas, fixando datas, horas e ajudando camaradas que possam ter hesitações na sua concretização;
-
Fazer um controlo de execução na discussão colectiva semanal, nos contactos a partir das comissões concelhias e com a ajuda a quadros responsáveis por organizações onde existem bloqueios.
Também não podemos ignorar que há ainda bloqueios que ainda não ultrapassamos, mas que não podem deixar de ser enfrentados.
Esta campanha precisa de ter uma tradução imediata no aproveitamento máximo destes, para já, 16 novos militantes, integrando-os em organismos, atribuindo-lhe uma tarefa, acompanhando o seu percurso.
Mas precisamos igualmente acautelar dois aspectos que devem começar desde já a ser tidos em conta.
Um tem a ver com a necessidade de tomar desde já medidas para o enquadramento destes novos camaradas. Onde temos células, naturalmente são integrados nas células. Onde recrutamos 3 ou 4 camaradas as coisas ficam facilitadas. Cria-se a célula ou o sector e integram-se lá esses camaradas.
Mas a maioria dos concelhos não têm células nem sectores de empresas, havendo o risco destes recrutamentos serem canalizados para a organização por base local, mantendo a mesma estruturação, sem incutir no trabalho e na estruturação orgânica nenhum avanço.
Por isso, precisávamos, caso a caso, olhar para os resultados desta acção. Avaliar onde é que os recrutamentos efectuados num concelho podem permitir a criação de um colectivo para a intervenção do Partido nas empresas e locais de trabalho.
A outra questão que queria destacar tem a ver com o estilo de trabalho.
O que estamos a fazer nesta acção dos 5 mil contactos (identificando trabalhadores com quem falar sobre os problemas do seu local de trabalho, sobre as propostas do PCP e o seu projecto, mas também sobre a importância dele, enquanto trabalhador, reforçar o PCP) é algo que precisa ser integrado no nosso estilo de trabalho.
Identificar trabalhadores que não são comunistas, mas que se destacam nos locais de trabalho pela sua coerência, combatividade, consciência de classe e prestígio, precisa ser uma preocupação regular, permanente, dos organismos e quadros do Partido, rompendo com situações de enconchamento, aprofundando a ligação com os trabalhadores e a nossa capacidade de organização, de intervenção e de influência lá, onde é mais evidente o confronto de classe.
Mãos à obra camaradas….
Viva a 9ª Assembleia da Organização Regional do Algarve
Viva a JCP
Viva o Partido Comunista Português