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Jornadas Parlamentares no Algarve
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PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS

Grupo Parlamentar


CONCLUSÕES DAS VISITAS E REUNIÕES EFECTUADAS NO AMBITO DAS JORNADAS PARLAMENTARES DO PCP

FARO, 2 e 3 DE DEZEMBRO

 

O direto com a realidade, com as instituições e as populações são uma das características do trabalho do Grupo Parlamentar do PCP e estiveram bem presentes nas Jornadas Parlamentares realizadas aqui, no Algarve. A atividade económica mereceu a nossa especial atenção, procurando ter uma visão abrangente, incorporando a atividade agrícola, piscatória, turismo, indústria naval e transportes.

 

A recente iniciativa do Governo de promover a desclassificação de zonas de produção de moluscos bivalves, na Ria Formosa e em diversas outras zonas estuarino-lagunares e litorais do país, criou uma situação dramática para muitos milhares de mariscadores e viveiristas que, de um dia para o outro, veem a sua atividade seriamente comprometida. A classificação de extensas áreas da Ria Formosa como zonas de produção de bivalves de nível B ou C implicará um imediato aumento dos custos de produção, insustentável para muitos mariscadores e viveiristas, que, desse modo, se verão forçados a abandonar a sua atividade. Tal situação, além dos óbvios prejuízos para a economia regional, privará milhares de mariscadores e viveiristas e respetivas famílias do seu ganha-pão. Esta é uma situação inaceitável, quer do ponto de vista social, quer do ponto de vista económico, resultante da inação de sucessivos governos do PS ou do PSD/CDS que foram adiando os investimentos necessários à promoção do imenso potencial económico da Ria Formosa.

 

Em reunião com citricultores em S. Bartolomeu de Messines, foram colocados um conjunto importante de problemas que afetam o setor. Problemas que envolvem os custos de produção, em que o aumento da eletricidade e do IVA da mesma oneram grandemente as explorações, custos que nalguns casos duplicaram em relação a 2009. Aos custos da eletricidade acresce a cobrança da contribuição audiovisual associada a cada contrato (há agricultores com mais de dez contratos), em que as isenções legalmente previstas e concedidas não são reconhecidas pela EDP.

 

O escoamento da produção de citrinos faz-se essencialmente para a grande distribuição que continua a asfixiar os produtores nos preços e nos prazos de pagamento, problemas velhos que não se resolveram com a Plataforma de Acompanhamento das Relações da Cadeia Agroalimentar (PARCA). A transformação também não se revela uma solução viável. A entrega de citrinos para a produção de concentrados é paga a 7 cêntimos a laranja e a 1 cêntimo a clementina, muito inferiores aos custos do aterro. Assim, a transformação joga com os valores pagos pelos produtores para entrega dos citrinos em aterro, o que faz com que lhe compense vender a muito baixo custo.

 

Há preocupações sobre o acesso à terra, existindo interesse em investir em terras abandonadas cujos proprietários não querem vender ou arrendar. Esta situação não tem qualquer solução através da Bolsa de Terras, uma vez que não existem incentivos/imposições à disponibilização em bolsa de terra abandonadas.

 

Foi ainda transmitida a preocupação com a Lei que estabelece a titularidade dos recursos hídricos, que pode retirar aos pequenos agricultores da Serra, a estreita faixa de margem dos cursos de água que utilizam para fazer agricultura.

 

O encontro com a Entidade Regional de Turismo do Algarve veio confirmar os alertas e preocupações do PCP quanto às políticas que têm sido seguidas nesta área. A ausência de uma verdadeira estratégia de desenvolvimento integrado, de articulação entre os agentes do sector para a qualificação da oferta e sua promoção, só vem agravar os problemas do caráter sazonal da atividade. A quebra da procura interna, resultante da perda do poder de compra na população portuguesa e da degradação dos seus direitos e condições de vida, retira ao sector do turismo uma importantíssima base do seu potencial de desenvolvimento. Por outro lado, o abandono a que a TAP tem votado este destino, reduzindo-o apenas à ligação a Lisboa, acentua a dependência do Algarve face às companhias “low cost”, que exigem apoios públicos cada vez maiores. Ao manter a 23% o IVA na restauração e bebidas, ao manter as portagens na Via do Infante e o estado de degradação da EN-125, ao acentuar a asfixia financeira às autarquias (com destaque para os territórios que são confrontados com as maiores exigências e pressões populacionais na época alta), ao prosseguir com uma política ruinosa e penalizadora para a Região e o País, o Governo agrava as perspetivas de um Algarve mais dependente, mais vulnerável, mais marcado pela precariedade e o desemprego.

 

Em visita aos Estaleiros da Empresa Nautiber confirmaram-se os efeitos negativos da dependência extrema que a economia regional tem da monoatividade turística desligada de atividades produtivas a montante, nomeadamente a pesca. O fim dos apoios à renovação da frota pesqueira, concentrando-os na modernização de motorizações e equipamentos eletrónicos conduz a que, na prática, os fundos comunitários dirigidos ao sector das pescas em Portugal seja transferido para os grandes grupos económicos dos principais países do centro e norte da Europa. Apesar de a empresa continuar a laboral, apostando na diferenciação da produção, a crise económica e a destruição do sector produtivo nacional tem intensificado a degradação da construção e reparação naval. A realidade vivida por esta pequena e média empresa da construção naval demonstra a necessidade de uma política de desenvolvimento dos sectores produtivos, não discriminando as pequenas e médias empresas nacionais através do investimento público, nomeadamente na aquisição de meios navais encomendados à indústria naval nacional.

 

Na visita ao Porto Comercial de Portimão verificou-se uma grande identificação com a proposta do PCP, nomeadamente sobre a administração dos portos do Algarve e o investimento nos portos, designadamente de Portimão e Faro. Foram evidenciadas reservas quanto ao modelo de administração defendido por este Governo e preocupações quanto ao papel dos portos comerciais de Portimão, Faro e Vila Real de Santo António neste contexto. Numa situação de falta de financiamento que se tem vindo a agravar ao longo de 2013 os trabalhadores portuários estão preocupados, receando que a separação das atividades portuárias comerciais, das de recreio e das pescas, torne difícil o seu enquadramento profissional e até a salvaguarda dos seus postos de trabalho, prejudicando os seus direitos e o eficaz funcionamento da operação portuária. Face ao anúncio pelo Governo de um investimento de 10 milhões de euros no porto de Portimão e 4 milhões no porto de Faro, no seguimento das propostas apresentadas pelo PCP, torna-se indispensável que seja calendarizado o compromisso de efetivação desses investimentos.

 

Na reunião com a Refer, foi apurado, que na falta de uma política de desenvolvimento da linha ferroviária do Algarve, a Refer, nos últimos 4 anos optou por uma ação de substituição de equipamentos e melhoramento de sistemas de apoio, ramal a ramal. Foi afirmada pelo PCP a opção estratégica da valorização da ferrovia e a importância da eletrificação da linha ferroviária do Algarve, em toda a sua extensão, com possibilidade técnica dessa operação ser efetuada por fases. Reafirmada a perspetiva da duplicação da via face às necessidades futuras, que em alguns troços como por exemplo Tavira ou Olhão/Faro pode ser mais urgente, ficou claro que a atual linha ferroviária tem condições e disponibilidade suficiente, no imediato, para aumentar a frequência da circulação, garantir a ligação direta entre Lagos e Vila Real de Santo António e melhorar de forma mais geral o serviço de transporte ferroviário.

 

A sessão pública realizada na sede da Junta de Freguesia de São Bartolomeu de Messines sobre os serviços públicos permitiu auscultar vários testemunhos que manifestaram preocupação com a desertificação do território, que a escassos quilómetros da costa sofre de todos os problemas da interioridade. Foram referidos exemplos de uma estação dos CTT entregue a um florista e da falta de transportes ferroviários e rodoviários, que coloca as populações numa grave situação de isolamento.

 

No encontro com a Comissão de Trabalhadores da ANA Aeroportos ficaram patentes as preocupações quanto ao futuro dos trabalhadores da empresa e do Aeroporto de Faro. Depois do desmantelamento da Escala de Faro na TAP, depois da privatização da gestora aeroportuária, subsistem as incertezas e ameaças de uma reestruturação não assumida, do aprofundamento das estratégias de “externalização” e abandono de serviços e áreas de intervenção, cortando postos de trabalho, numa linha de favorecimento de interesses privados à custa dos trabalhadores e do interesse nacional.

 

Destacamos ainda as questões que se colocam no âmbito dos direitos dos trabalhadores, da saúde e da educação.

 

Aos problemas económicos próprios da região (afunilamento da economia no sector do turismo) acrescem todos os problemas nacionais. Degradação económica e social, elevado desemprego, desregulação dos horários de trabalho, salários em atraso, salários abaixo da média nacional e a baixar, encerramento de empresas, precariedade e encerramento de serviços públicos marcam a região.

 

É visível na região do Algarve o processo de concentração da riqueza que tira cada vez mais riqueza a quem a produz para a entregar a meia dúzia de grupos económicos. A título de exemplo no sector do turismo, as dormidas e os lucros aumentam mas a exploração agrava-se por via da precariedade, do desemprego e pela desregulação e aumento da jornada de trabalho.

 

Na reunião com o Executivo Municipal de Silves, onde estiveram representados, para além da Presidente da Câmara (CDU), vereadores da CDU, do PS e do PSD, foi manifestado o apreço pela realização das Jornadas Parlamentares do PCP no Algarve e foi dado conta da preocupação dos autarcas de Silves com a degradação das condições de prestação de cuidados de saúde que se tem verificado no Hospital do Barlavento Algarvio.

 

Do encontro com o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve sublinham-se os problemas relacionados com o subfinanciamento crónico, que impede a realização de alguns investimentos, nomeadamente na aquisição de equipamentos para a realização de meios complementares de diagnóstico e terapêutica; a carência de profissionais de saúde, nomeadamente de médicos (mais grave nas especialidades de obstetrícia, pediatria, anestesiologia, oftalmologia, ortopedia e otorrinolaringologia), enfermeiros e assistentes operacionais (faltam 80 enfermeiros e 60 assistentes operacionais); o recurso à subcontratação de profissionais através de empresas de trabalho temporário, designadamente para assegurar serviços de urgências; e os impactos da criação do Centro Hospital do Algarve na acessibilidade dos utentes à saúde, avolumando-se as preocupações quanto à manutenção das valências e serviços do Hospital de Portimão, tendo em conta as deslocações de médicos entre unidades hospitalares.

 

Não se conhece nenhum plano concreto sobre a reorganização de serviços decorrente da criação do Centro Hospitalar do Algarve, o que está a gerar uma grande instabilidade junto dos profissionais de saúde e dos utentes. A construção do Hospital Central do Algarve assume neste contexto uma grande importância no reforço da prestação dos cuidados de saúde às populações, de qualidade e no tempo adequado. Apesar de ter sido considerado um investimento prioritário pelo Governo, não existe um programa de execução.

 

A realidade do Centro de Saúde de Vila Real de Santo António, pese embora as especificidades e particularidades, não é alheia à realidade que é vivida pelos cuidados de saúde primários, nomeadamente a falta de profissionais de saúde, nomeadamente, assistentes técnicos e operacionais e técnicos de saúde, como fisioterapeutas - existe apenas um na unidade de cuidados na comunidade – e a insuficiência das instalações decorrentes de problemas existentes há vários anos e nunca solucionados, sendo por isso necessário obras de remodelação/ requalificação do edifício. Constatámos também a dificuldade de articulação entre os cuidados de saúde de primários e os cuidados hospitalares, evidenciado no número de utentes em lista de espera para a primeira consulta.

 

No tocante ao Serviço de Urgência Básica (SUB) de Vila Real de Santo António há notícias que dão conta do possível encerramento deste serviço, embora não haja conhecimento oficial dessa intenção. No passado, foi a luta dos profissionais de saúde e das populações que impediram o encerramento do SUB como estava previsto. Nem a Administração Regional de Saúde do Algarve, nem o Centro Hospitalar do Algarve assumem a tutela da SUB, procurando empurrar responsabilidades entre si, em prejuízo das populações.

 

O PCP continuará a exigir o financiamento necessário para que o Serviço Nacional de Saúde seja dotado de recursos materiais e humanos que permitam a prestação de cuidados de saúde com qualidade.

 

O subfinanciamento crónico agravado pelos cortes recentes nas transferências do Orçamento do Estado para a Universidade do Algarve, constituem a maior constrangimento ao seu desenvolvimento, colocando em causa o normal funcionamento da instituição e comprometendo o seu futuro. A asfixia financeira da Universidade do Algarve tem efeitos na degradação da qualidade pedagógica, na gestão corrente, nas condições de trabalho e vínculos laborais dos seus funcionários docentes e não docentes, assim como nos apoios sociais indiretos aos estudantes, agravando as taxas de abandono escolar. O PCP continuará a exigir do Governo o financiamento que responda às necessidades específicas de funcionamento, investimento e desenvolvimento da Universidade do Algarve.

 

Na visita à Escola Secundária João de Deus em Faro comprovámos, uma vez mais, o efeito das políticas de destruição da escola pública levadas a cabo pelo Governo. Dum enorme conjunto de preocupações assinaladas pela Direção da Escola, salientam-se a constituição de mega agrupamentos e as consequências para o funcionamento das escolas, falta de pessoal não docente e o recurso aos contratos emprego inserção para responder a necessidades permanentes, agravando a precarização das relações laborais.

 

Esta escola representa um exemplo das críticas que o PCP tem apontado ao processo de requalificação efetuado pela Empresa Parque Escolar, quer na fase inicial de conceção do projeto, quer agora nesta fase, devido ao atraso nas obras. Com um prazo inicialmente previsto de 18 meses, passados 4 anos não existe neste momento a certeza do prazo de conclusão das obras. As aulas decorrem em contentores onde chove; a cantina não tem capacidade de resposta; não há sala de convívio e há problemas de climatização, enfim, é uma escola que pode equiparar-se a um estaleiro de obras. O PCP exige que o Governo PSD/CDS tome as medidas necessárias para a conclusão imediata das obras.

 

Na reunião com o Agrupamento de Escolas Paula Nogueira (Olhão), onde existem duas unidades de multideficiência e surdo cegueira, confirmámos os impactos gravíssimos da redução dos apoios humanos e materiais no apoio a todos os alunos, e em particular aos alunos com necessidades educativas especiais. Este Agrupamento integra 170 alunos com necessidades educativas especiais. A redução do número de professores de educação especial impediu o funcionamento a tempo inteiro da unidade, e até 30 de novembro muitas crianças foram mesmo obrigadas a ficar em casa. Ao não assegurar o número necessário de professores de educação especial, funcionários, psicólogos, fisioterapeutas e terapeutas da fala o Governo PSD/CDS nega condições de inclusão e aprendizagem. O recurso ilegal à precariedade para necessidades permanentes das escolas é inaceitável e coloca em causa a Escola Pública Inclusiva para todos.

 

No Conservatório Regional de Vila Real de Santo António, verificámos uma situação de extrema dificuldade por parte da escola para cumprir a sua missão no âmbito do Ensino Especializado da Música. A escola tem sofrido o atraso das transferências correspondentes ao Contrato de Patrocínio com o Ministério da Educação e Ciência, que se vem sentindo anualmente desde 2009, bem como a não transferência das verbas correspondentes a contratos programas com a autarquia de anos passados.

 

Em geral por todo o país e também no Algarve, a política de conservação e valorização de património é o reflexo dos efeitos de uma política de desfiguração do Estado que se traduz no abandono do património e na gradual incapacitação das estruturas, nomeadamente dos museus, para o cumprimento da sua missão fundamental.

 

É necessária uma política de valorização e investimento no Ensino Especializado da Música e da Dança, em articulação com os conservatórios regionais, verdadeiros promotores da democratização do acesso à criação e fruição artística. Da mesma forma, é urgente o reforço do papel do Estado, diretamente ou através das autarquias, na conservação e valorização do património cultural do país.

 


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JORNADAS PARLAMENTARES DO PCP 2 e 3 DE DEZEMBRO de 2013 – Faro

Intervenção do Deputado João Oliveira Presidente do Grupo Parlamentar do PCP

 

 

Camaradas e Amigos,

Caros convidados,

Senhores jornalistas,

 

O quadro em que realizamos estas jornadas parlamentares está inevitavelmente marcado pelo afundamento económico e social do país, pela insustentável degradação da situação política e pela ameaça à democracia que constitui esta política e o Orçamento do Estado para 2014, aprovado há menos de uma semana pela maioria PSD/CDS.

 

Realizamos, por isso, estas jornadas parlamentares com o objetivo de trazer à evidência as consequências desiguais, injustas e ruinosas para o povo e o país da política do Pacto da troica mas também com o objetivo de afirmar a alternativa a esta política e a este Governo, alternativa que existe e é cada vez mais urgente construir.

 

Ao fim de dois anos e meio de aplicação do Pacto assinado pelas troicas é indesmentível que os únicos problemas resolvidos foram os problemas dos especuladores e da banca que continuaram a acumular lucros em tempos de crise gerada pela própria especulação.

 

A resposta que encontraram foi a do saque aos rendimentos e aos direitos de quem trabalha, foi o roubo de salários e pensões e a liquidação dos direitos à saúde, à educação e à proteção social, foi a negação do direito ao trabalho e do direito à reforma, foi a negação a milhares de portugueses do direito a viverem no seu país.

 

Os grandes interesses económicos e financeiros têm sugado recursos e riquezas nacionais e exaurido os cofres do Estado em seu proveito, pela mão de um Governo que aponta as imposições da troica contra o povo dizendo que não é seu o dedo no gatilho.

 

Um Governo que há muito perdeu a sua base social de apoio e apenas se mantém em funções graças à conivência e cobertura institucional do Presidente da República que garante sustentação formal ao Governo e proteção à sua política.

 

Depois desta operação acelerada de extorsão, os interesses por detrás das troicas pretendem agora tornar definitivo o que até aqui era dado como temporário, pondo em causa o futuro das novas gerações e fazendo regredir as condições de vida e trabalho para um patamar que pode ser pior que o dos seus avós, impondo a exploração e o medo que os seus pais recusaram.

 

É isso que representa, na sua essência, o Orçamento do Estado para 2014: um projeto de perpetuação do retrocesso social e de mutilação da democracia construída com Abril.

 

Não temos dúvidas de que este Orçamento do Estado para 2014 encerra um projeto contra a Constituição, contra a democracia e contra os direitos do povo português e por isso aqui reafirmamos a nossa determinação no firme combate que lhe deve ser movido.

 

A ser aplicado, o Orçamento do Estado traduzir-se-ia no agravamento da crise económica, da pobreza, das desigualdades e injustiças, no acentuar do atraso do país e no abandono das populações. A insistência em brutais cortes orçamentais nas funções sociais do Estado e na degradação dos serviços públicos são opções do Governo de dramáticas consequências para milhões de trabalhadores e suas famílias, já hoje tão duramente atingidos pela política de direita.

 

O que faz sobressair a importância de reafirmar as funções sociais do Estado e os serviços públicos como responsabilidade e elemento fundamental para uma democracia de facto.

 

A par disso, é ainda necessário confrontar o Governo com opções em matéria de política económica que destroem capacidade produtiva e comprometem o futuro da produção nacional, que entregam ao capital monopolista importantes alavancas de desenvolvimento nacional em sectores estratégicos e condenam o país ao atraso e à dependência, como acontece em resultado dos cortes no investimento público ou da política de privatizações de que a privatização dos CTT e dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo constituem chocante exemplo.

 

A realidade que se vive na região do Algarve é, sem dúvida, o espelho das consequências profundamente nefastas destas opções.

 

O Algarve que fica depois do fim do Verão é o retrato do país que resta depois de satisfeitos os interesses por detrás da troica. Uma região saqueada de toda a riqueza produzida com retorno imediato, marcada por desequilíbrios económicos, desigualdades sociais e abandono de boa parte das suas populações.

 

Uma região em que os elevados níveis de desemprego e as dificuldades que atingem os sectores produtivos contrastam com o desaproveitamento de potencialidades e capacidades produtivas por opção política.

 

Uma região em que se tornam evidentes as consequências que teria para o país o discurso económico do Governo que despreza a produção nacional e o mercado interno, insistindo num modelo de aumento das exportações assente essencialmente no turismo, mantendo o país amarrado a défices externos e estruturais de forma permanente.

 

Foi com estas preocupações que construímos um programa de jornadas parlamentares ligado à realidade do distrito de Faro e às necessidades aqui sentidas pelas populações.

Um programa que inclui uma dezena e meia de reuniões, visitas, encontros ou sessões públicas de Portimão a Vila Real de Santo António.

 

Visitando o Hospital e o Porto Comercial de Portimão, o centro de saúde e o conservatório de Vila Real de Santo António, os estaleiros navais do Guadiana. Reunindo com produtores de citrinos, pescadores e mariscadores, sindicatos, ORT’s da TAP e da ANA. Discutindo os problemas da ferrovia com a REFER, o turismo com a Entidade Regional de Turismo ou o encerramento de serviços públicos numa sessão pública em S. Bartolomeu de Messines da Escola Pública na Universidade do Algarve ou em várias Escolas Secundárias.

 

Regista-se ainda o encontro com o executivo da Câmara Municipal de Silves, autarquia com nova maioria CDU conquistada nas últimas eleições autárquicas.

 

Estas jornadas serão, como costumam ser as jornadas parlamentares do PCP, um importante momento de trabalho ligado ao pulsar da vida do nosso país e da luta do nosso povo e delas resultará certamente a afirmação da política alternativa, patriótica e de esquerda de que o Algarve e o país necessitam.

 

Disse.

 

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Jornadas Parlamentares do PCP 2 e 3 de Dezembro- Faro

Intervenção do Secretário-Geral do PCP

Jerónimo de Sousa

  

 

 

Senhoras e Senhores jornalistas,

 

Camaradas e Amigos,

 

Realizamos estas nossas Jornadas Parlamentares escassos dias após a aprovação do Orçamento de Estado para 2014 pela maioria que suporta o atual governo do PSD/CDS.

 

Um Orçamento que pelas opções que faz e as medidas que comporta, muito justamente caracterizamos como sendo mais um Orçamento de exploração, empobrecimento e ruína nacional que vem agravar a política de extorsão e confisco dos rendimentos do trabalho e das populações dos orçamentos de 2012 e 2013.

 

Um Orçamento que segue a via de roubo dos salários, das reformas e pensões, da destruição do sistema de proteção social, do ataque aos serviços públicos essenciais às populações, despedimentos e da destruição do país.

 

Um Orçamento que na sua concretização trará mais desigualdades e injustiças, mais dramas, privações e sofrimentos para os portugueses e pelo volume dos cortes envolvidos acrescentará mais crise à crise, que manterá e prolongará a recessão económica com a penalização do rendimentos das famílias, a redução do consumo e a quebra do investimento público, seguindo o rumo de destruição de micro, pequenas e médias empresas.

 

Um Orçamento que é uma completa farsa da igualdade na distribuição dos sacrifícios, promovida por um governo que está há tempo de mais à frente dos destinos do país. Que impõe brutais sacrifícios aos trabalhadores e ao povo e tudo garante aos responsáveis pela crise no país – o grande capital económico e financeiro: menos impostos, chorudos lucros do negócio da compra de dívida pública, ampliados com nova baixa taxa de referência no BCE, como o admite agora o próprio responsável do Banco de Portugal. Benefícios fiscais, rendosos contratos swap de milhões, leoninas PPP e novas privatizações.

 

Um Orçamento que não é apenas injusto e desastroso, mas que tal como os anteriores Orçamentos apresentados por este governo, afronta a Constituição. Que insiste e segue o tortuoso e inaceitável caminho da subversão, entre outros, dos princípios da igualdade e da proteção da confiança ao insistir no corte de salários e pensões.

 

Um Orçamento que confronta o Presidente da República com as suas responsabilidades e o seu compromisso de defesa da Constituição da República. Um Orçamento que em coerência com tal compromisso devia ter como única solução o veto puro simples e a sua devolução à Assembleia da República para o conformar com a Lei fundamental e os verdadeiros interesses dos portugueses e do país.

 

Um veto para dar resposta também ao clamor do protesto e indignação dos trabalhadores e do povo que percorre o país e que claramente rejeitam este Orçamento e exigem ser tratados com justiça e consideradas as suas vidas e o seu futuro.

 

Uma exigência que ganha um ainda maior relevo quando se acaba de anunciar, num dos anos de maior recessão e crise, que não só as 25 maiores fortunas do país se viram aumentadas em 16%, como o número milionários cresceu mais de 10%. Ou seja o país afunda-se, a grande maioria dos portugueses vêm descer dramaticamente as suas condições de vida e os grandes senhores do dinheiro vão de “vento em pompa”, a confirmar que a crise não é para todos e a chamada política de austeridade é aquilo que realmente é: uma política de espoliação do povo e de concentração de riqueza.

 

Protesto e indignação que crescem também aqui no Algarve, como aconteceu no dia de luta pela rejeição do Orçamento promovido pela CGTP em mais de uma dezena de localidades. Luta que saudamos e aproveitamos para reafirmar a solidariedade ativa do Partido Comunista Português.

 

Lutas que não são apenas uma demonstração de repúdio dos trabalhadores e das populações em relação a este Orçamento e à política que o suporta, mas uma afirmação de vontade do seu prosseguimento e intensificação em relação a um processo que não ficou concluído no passado dia 26 e que independente da sua evolução no plano institucional, estará e continuará confrontado com a firme oposição, resistência e luta dos trabalhadores e das populações.

 

Dizem os principais responsáveis do governo que “o pior já passou”, mas é uma falácia! A mesma falácia com que anunciavam que as medidas de austeridade eram temporárias, para um curto espaço de tempo. Mal o tinham afirmado e ainda não estavam aprovadas as medidas brutais que acabaram de ser votadas no Orçamento que tudo vai piorar e já aí estavam em ação concertada o FMI e a Comissão Europeia a exigir novas medidas extras de cortes na vida das pessoas de mais 3,4 mil milhões de euros, para 2015.

 

Falam de “milagre económico e de crescimento”, mas o seu milagre não se reflete no melhoramento da vida das pessoas, antes pelo contrário, agravam-na.

 

Isso está bem patente na situação económica e social do Algarve. Uma situação que é bem do reflexo de uma política de desastre social e nacional que tem vindo a ser seguida por anteriores governos que colocaram a região na dependência, apesar da sua importância, de um único sector – o turismo. Uma política de desastre que conduziu à contínua liquidação da capacidade produtiva desta região, seja a indústria, a agricultura, as pescas e que agora o atual governo amplia com o seu enfoque no modelo assente nas exportações, desvalorizando e desprotegendo o mercado interno, afundando o que resta.

Um modelo que se quer impor à custa do retroceder do país, regressando e consolidando o modelo económico de salários de miséria, baixo valor acrescentado e emigração!

 

Um modelo ao serviço do lucro de alguns e não ao serviço do país e que se vê bem aqui nesta região. Alardeiam que este foi o melhor ano de sempre do Turismo para mostrar as virtualidades do seu modelo, mas esqueceram-se de dizer que esse melhor ano não teve qualquer reflexo no emprego e muito menos na elevação das condições de trabalho e de vida das populações desta região.

 

Omitem que o Algarve continua a ser a região mais penalizada de com o drama do desemprego. Que a sua massiva dimensão, juntamente com as políticas de ataque e desvalorização dos salários, aumento dos bens e serviços essenciais está a conduzir a uma situação de empobrecimento de largas massas da população e a fazer alastrar a pobreza e o drama a milhares de famílias.

 

Omitem que o Algarve continua a bater os recordes do aumento da precariedade das relações de trabalho e que hoje é apelidada, pela particular situação que aqui se vive, de capital do trabalho precário, da sazonalidade.

 

Podem dizer que estão a crescer, mas continuando a destruir a vida da maioria das pessoas, porque a sua opção é a do crescimento sem desenvolvimento, sem criar emprego, sem direitos, com salários baixos e de miséria. O crescimento que serve apenas alguns, acentuando as desigualdades e as injustiças!

 

Não é a aumentar a exploração de quem trabalha que se resolvem os problemas do país. É produzindo mais e distribuir melhor e com mais justiça, melhorando a vida dos portugueses.

 

Portugal tem muitos recursos e potencialidades para promover o seu desenvolvimento e esta Região não está condenada ao afunilamento do seu desenvolvimento para um único sector que por mais importante que seja e é, só por si é incapaz de garantir condições de vida digna às populações desta região, resguardar ou salvaguardar mais as populações face às crises e assegurar de forma sustentada o seu futuro.

 

O desenvolvimento da agricultura e da agro-indústria, mas igualmente as atividades ligadas ao mar têm um importante papel a desempenhar para o progresso desta região, com a criação de riqueza e de emprego.

 

Tal como o têm o aproveitamento dos nossos recursos, tão importante para promover o desenvolvimento industrial. No quadro do aproveitamento e valorização dos recursos naturais, a região do Algarve encerra também potencialidades que urge tirar partido, designadamente no domínio da atividade extrativa, como noutros momentos o temos afirmado e explicitado.

 

Como já foi afirmado, estamos aqui no Algarve, porque não nos resignamos perante os inquietantes processos de abandono das populações à sua sorte, vítimas de uma política que todos os dias torna mais degradada a situação social.

 

Como publicamente o Grupo Parlamentar anunciou este é um dos motivos da realização aqui das nossas Jornadas Parlamentares e que a situação existente justifica plenamente, o outro, é a preocupante situação que está a conduzir a ofensiva contra os serviços públicos que está em curso e conheceu, nestes últimos tempos após as eleições autárquicas, um novo impulso com a extinção de repartição de finanças, serviços de saúde, da segurança social em cima de outros que paulatinamente se têm vindo a ser concretizados. Mantem toda a atualidade a exigência de revogação do pagamento de portagens na A 22.

 

Uma ofensiva que tem o claro objetivo de subverter a natureza do Estado saído da Revolução do 25 Abril e alienar os direitos políticos, económicos, sociais e culturais que esse Estado tem por obrigação constitucional garantir ao povo português.

 

Em contraponto com esse modelo constitucionalmente consagrado que estabelece políticas sociais universais nos mais diversos domínios, na saúde, educação, segurança social e a prestação de outros serviços públicos essenciais a todos os cidadãos, o que temos assistido é à concretização uma política que visa reconfigurar a estrutura e o papel do Estado, moldando-o aos interesses do grande capital monopolista.

 

Uma política que mercantiliza de forma crescente os direitos sociais e os serviços públicos, numa dimensão cada vez mais preocupante e com mais graves e crescentes reflexos negativos no plano social e do desenvolvimento do país.

 

Uma situação que se agravará se forem concretizadas as medidas de corte brutais previstas no Orçamento para 2014, nomeadamente nos sectores vitais da saúde e da educação.

 

Na saúde o corte de 300 milhões no Orçamento do Estado, não só põe em causa o SNS, mas o próprio acesso à saúde tal como está consagrado constitucionalmente. Ao contrário do que tem sido afirmado pelo Governo, não só este acesso tem sido posto em causa, como a qualidade das respostas do SNS têm vindo a degradar-se, situação que só não atinge dimensões ainda mais preocupantes porque os seus profissionais, de uma forma geral, são inexcedíveis no esforço que fazem para ultrapassar dificuldades, apesar da desvalorização social, profissional e material, a que têm sido sujeitos.

 

A falta de profissionais nos serviços, as reestruturações hospitalares em curso realizadas apenas com preocupações economicistas, o encerramento de serviços e a transferência de valências como está acontecer aqui no Algarve, a falta de meios técnicos, o aumento dos custos com a saúde para as famílias, os mais de 1 milhão de portugueses não terem médico de família, são apenas algumas dos muitos obstáculos que as famílias portuguesas estão a sentir no acesso aos cuidados de saúde, o que levará de forma inequívoca, à degradação de alguns dos principais indicadores em saúde.

 

Na educação, através de puzzle estratégico, desenhado pelos grandes interesses económicos que pretendem disputar os lucros e o potencial económico da educação, quer através da Escola Privada, quer através da manipulação e instrumentalização da Escola Pública.

 

Um Orçamento sustentado em duas opções ideológicas fundamentais para o grande capital em Portugal: reduzir a Escola Pública a um Instituto de formação profissional de banda estreita sem qualidade e por isso aprofunda a escola dual e o ensino vocacional, aproximando-se do período anterior ao 25 de Abril de 74, em que a divisão entre escolas técnicas e liceus constituía, de facto, uma divisão social e, através do novo Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo, cujo decreto-lei, utilizando a falácia da liberdade de escolha e retirando quaisquer limites à criação de escolas do ensino particular e cooperativo, constitui um passo de gigante na destruição da Escola Pública, através de um processo de transferência de avultadas verbas para os colégios privados, quer através dos contratos de associação, quer através do “cheque ensino”.

 

Orçamento do Estado que consagra ainda cortes de 30 milhões de euros e 12 milhões de euros, para o ensino Universitário e Politécnico, respetivamente, o que levará ao despedimento de professores, redução do número de centros investigação, à desvalorização do Ensino Politécnico e que está a servir de pretexto para a chamada reorganização da rede de Instituições de Ensino Superior.

 

Peça significativa na estratégia do Governo, particularmente no objetivo de continuar a atirar para o desemprego mais uns milhares de professores, é a introdução da vergonhosa prova de avaliação de conhecimentos e capacidades, prova contra a qual o PCP já se manifestou contra.

 

O que o país precisa não é de extinguir e destruir serviços, de centralizar recursos e poder de decisões e transformar direitos em negócio privado, mas de concretizar uma Administração Pública democrática e eficiente capaz de prestar serviços de qualidade e garantir o acesso universal aos mais diversos serviços públicos.

Uma Administração Pública desburocratizada, desconcentrada e regionalizada, com intervenção próxima das populações e que tenha por objetivo central a elevação da qualidade de vida dos portugueses e o desenvolvimento do país.

Como a convicção de que a sua política de direita e do pacto de agressão, é injusta e desastrosa para o país, resta ao Governo um último argumento: o de que não há alternativa.

Há alternativa e temo-la apresentado.

 

Há soluções para os problemas e uma alternativa capaz de assegurar o desenvolvimento harmonioso do país, garantindo condições e modos de vida dignos para as suas populações.

 

Não uma qualquer alternativa, mas uma alternativa, patriótica e de esquerda, capaz de combater as verdadeiras causas da grave situação do país a que conduziu a política de direita.

 

Uma verdadeira alternativa para romper com a crescente submissão e subordinação externas.

Uma política que se propõe pôr Portugal a produzir, valorizar as condições de vida dos trabalhadores e do povo, defender e desenvolver os serviços públicos e afirmar a soberania nacional.

 

É com essa perspetiva que aí estamos e aqui iniciamos as nossas Jornadas Parlamentares em contacto com as populações, visando aprofundar e afirmar propostas e os caminhos alternativos à política de direita de desastre e destruição nacional!

 

Boas Jornadas e bom trabalho!

 

 

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