Na verdade, a administração prepara-se para aplicar a todos os trabalhadores o Tempo de Disponibilidade “sem quaisquer efeitos negativos para os trabalhadores”, diz a administração. Ora, a ser assim, porque razão quer a aplicação desse tempo de disponibilidade? Não faz sentido!
Para a célula do PCP, importa esclarecer o seguinte:
ü A empresa não pode, enquanto existir o Acordo de Empresa, aplicar o tempo de disponibilidade;
ü Admitindo, ainda assim, tal possibilidade, isso só seria possível apenas para os motoristas com serviços superiores a 50 KM.
Pontos nos is nos prejuízos para os trabalhadores:
Não é verdade, como diz a administração, que os trabalhadores, não sejam prejudicados.
Pagar tempo de trabalho suplementar como tempo de disponibilidade, prejudicará o trabalhador no descanso compensatório a que tem direito sempre que realize trabalho suplementar.
A célula do PCP na EVA-transportes, exortando os trabalhadores ao reforço da sua unidade contra tais intentos, sublinha que só uma mudança de política pode travar o rumo de atentados sucessivos aos direitos dos trabalhadores.
5/3/09
A célula do PCP na Eva-transportes
No exacto momento em que os eleitos do PS e do PSD chumbaram uma proposta do PCP para a criação de um gabinete de crise, com o objectivo de ajudar a encaminhar do ponto de vista social os albufeirenses em dificuldades, usando o argumento de que isso “daria uma má imagem do concelho”, novos dados da realidade social do concelho confirmam a justeza das preocupações do PCP.
No grupo Luna Hotéis, estão-se a processar rescisões de contratos, mesmo em casos em que os trabalhadores não terão direito ao subsídio de desemprego.
No Falésia Mar estão, igualmente, a conduzir trabalhadores a assinarem rescisões.
No Sheraton está em curso o despedimento de trabalhadores efectivos, recorrendo depois a empresa aos serviços de empresas de trabalho temporário.
No Auramar estão em atraso salários de Janeiro e Fevereiro e a administração está a ir junto dos trabalhadores dizendo para irem procurando trabalho.
No Paraíso estão a ir junto dos trabalhadores dizendo que só têm condições para pagar o mês de Fevereiro.
No Hotel Aldeia está em curso somente o pagamento de cerca de 250euros aos trabalhadores. Adivinha-se, portanto, o resto.
No Real Santa Eulália estão a ir junto dos trabalhadores dizendo para irem procurar trabalho.
Eis, a realidade social do concelho de Albufeira! A realidade que os grupos económicos do turismo e o poder que os suporta não querem que se saiba por causa da “imagem”. Albufeira e o Algarve jamais se desenvolverão enquanto imperar a política da imagem, da falsa imagem; a política de olhar os trabalhadores como descartáveis sazonais; a política que faz com que os 5% mais ricos do Algarve tenham uma riqueza igual aos 60% mais pobres.
A Comissão Concelhia de Albufeira do PCP expressando a sua solidariedade a todos os trabalhadores e suas famílias, deste e outros sectores de actividade na situação de desemprego ou com o emprego em risco, exorta-os à luta pelos seus legítimos direitos.Reclama igualmente a Comissão Concelhia de Albufeira do PCP a urgente intervenção das autoridades competentes, no sentido de procederem à fiscalização das reais condições em que centenas de trabalhadores estão a ser atirados para o desemprego. A crise não pode ser alibi para a fraude!
4 de Março de 2009
A Comissão Concelhia de Albufeira do PCP