O poder político e económico dominante continua a procurar tapar o sol com a peneira, mas a realidade impõe-se e não há manobra de diversão e ocultação que a apague. Vem isto a propósito do alastramento das situações de salários em atraso – Hotel Montechoro, grupo Fernando Barata e Hotel Boavista. Tanta pressa em anunciar a abertura da época balnear, mas nenhuma em pagar o que é devido aos trabalhadores.
A proliferação por todo o Algarve de situações de salários em atraso, bem como de despedimentos para contratarem trabalhadores através de empresas de trabalho temporário, atinge proporções enormes.
Contando com a justa preocupação dos trabalhadores em segurar os postos de trabalho, o patronato usa e abusa da discricionariedade, perante a inoperância da ACT, a complacência de outros órgãos de poder regional e os negativos sinais que o próprio Governo dá, quando descarrega sobre os trabalhadores e os desempregados a parte importante da factura para combater a situação económico-financeira do país.
O PCP desencadeará através do seu Grupo Parlamentar o questionamento ao Governo sobre estas situações.
Para que se saiba:
» Os desempregados recebem, em média, menos 35% nos homens e 29% nas mulheres, relativamente à média nacional. Isto resulta dos baixos salários que são declarados e que terá consequências gravosas quando esses trabalhadores se reformarem e da prática do esquema do envelope por fora, que acontece em muitos casos, sob pena de o trabalhador não ser aceite. Daqui resulta baixos valores declarados penalizando o valor das reformas e resulta também que por cada 100 euros dado por fora, o patrão poupe quase 24 euros.
É tempo de dignificar o trabalho e os trabalhadores!
O sector da hotelaria, restauração e serviços
da organização concelhia do PCP de Albufeira