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CDU Apresentou Públicamente os seus primeiros candidatos à Câmara e Assembleia Municipais de Lagoa

Realizou-se no passado dia 16 de Junho, pelas 18:30 horas em Lagoa, nos Claustros do Convento de São José, a apresentação pública dos primeiros candidatos à Câmara e Assembleia Municipal de Lagoa. Nesta iniciativa, que contou com a presença de Rosa Palma, Presidente da CM de Silves, usaram da palavra António Flamino e Vasco Cardoso, membro da comissão política do CC do PCP."

Intervenção de António Flamino

Camaradas e amigos, caros convidados

Quero agradecer a vossa presença e dirijo uma saudação a todos os amigos comunistas, independentes e a todos os apoiantes da minha candidatura à câmara municipal de Lagoa e como não podia deixar de ser, uma saudação especial a todos os Lagoenses. Neste dia tão especial da apresentação pública do candidato da CDU quero congratular-me pela confiança, apoio e incentivo que recebi das estruturas do meu partido o PCP.

Estou empenhado em poder contribuir para este novo desafio que é representar o Concelho de Lagoa, no projeto autárquico da CDU trabalho, honestidade competência.

Quero contribuir para uma legislatura mais solidária e garantidamente mais moderna. Contribuir para que no município os cidadãos estejam em primeiro lugar.

O meu compromisso autárquico na Câmara Municipal de Lagoa vai ter como base o programa eleitoral da CDU, programa esse que vai ser apresentado ao eleitorado com o compromisso de respeitar a vontade e anseios dos Lagoenses. População com a qual pretendo manter um acompanhamento permanente, respeitando todas as sensibilidades politicas e religiosas.

Com a CDU na Câmara Municipal de Lagoa, iremos implementar politicas sociais, ambientais, culturais, desporto e educação.

Concelho de vocação turística por excelência, terá o pólo promocional a sua principal motivação.

O desenvolvimento harmonioso do nosso concelho exige de todos ponderação e competência.

Faremos incidir o apoio ao setor empresarial das micros, pequenas e médias empresas, sendo elas fundamentais para o desenvolvimento do nosso concelho, incentivando novos projetos e consequentemente mais postos de trabalho.

Hoje é dia de assumir este compromisso contando com o apoio de todos vós independentemente da vossa simpatia partidária. Serão votos que irão reforçar a força da CDU no nosso Concelho.

Agradeço a todos os camaradas e amigos pela vossa presença que tanto animo me transmite e reforça a vontade de lutar por este belo concelho e as suas gentes que tão bem me receberam assim como à minha família.

Um agradecimento especial à camarada Rosa Palma, Presidente da câmara municipal de Silves e seus vereadores.

Ao candidato à Câmara Municipal de Portimão, Isidro Vieira.

E a Vasco Cardoso membro da comissão politica do comité central do PCP

A todos o meu obrigado.

VIVA LAGOA

VIVA O PCP

VIVA A CDU

 

Intervenção de Vasco Cardoso

Camaradas e amigos

Uma saudação muito especial a todos os presentes neste acto público de apresentação dos candidatos da CDU em Lagoa, iniciativa que queremos que seja um primeiro passo para uma intensa e participada campanha eleitoral, uma campanha de esclarecimento da população e de mobilização para o voto na Coligação Democrática Unitária.

Apresentamos hoje os primeiros candidatos da CDU à Presidência da Câmara e da Assembleia Municipal de Lagoa (e às juntas de freguesia do concelho. )

Os candidatos que agora apresentámos dão rosto a um projecto colectivo que com a participação, o trabalho e a contribuição de muitos outros eleitos, dos trabalhadores e da população em geral, inscreve como objectivo alargar a influência da CDU no concelho, aumentando o número de votos e mandatos.

Um objectivo que encontra no percurso da nossa intervenção no concelho, na região e no país um factor de credibilidade.

Credibilidade sustentada na intervenção quotidiana que o PCP e a CDU realizam em Lagoa, no Algarve e no país.

Credibilidade que resulta de um trabalho reconhecido pela população, e a custo, diga-se, até pelas bancadas das outras forças políticas na nossa intervenção na Assembleia Municipal. Uma lista que sendo encabeçada pelo camarada Victor Carapinha é a garantia da experiência e combatividade, aliada a uma intervenção que faz dos eleitos da CDU na Assembleia Municipal de Lagoa a verdadeira voz dos problemas dos trabalhadores e das populações.

Credibilidade também, pela candidatura que apresentamos à Câmara Municipal de Faro encabeçada pelo nosso camarada António Flamino, um empresário que há muito escolheu Lagoa como sua terra adoptiva e que é o rosto do projecto alternativo que a CDU tem para o concelho de Lagoa.

Há quatro anos atrás, a grande novidade que surgiu nas eleições autárquicas na região do Algarve, foi o crescimento que a CDU teve em toda a região, duplicando o número de eleitos, aumentando em 70% o número de votos para as câmaras municipais, reconquistando, 20 anos depois a presidência da Câmara Municipal de Silves. O Algarve deixava de estar apenas pintado com as cores do PS e PSD, a CDU emergia como uma grande força autárquica na região. Lagoa não foi excepção, sendo que também aqui, se registou um aumento do número de votos e mandatos mostrando que o objectivo de eleger um vereador pela CDU não só não era impossível, como se confirmou a sua necessidade nestes últimos 4 anos.

O trabalho realizado pelo PCP, principal força política que integra esta coligação, apesar do reduzido número de eleitos no concelho, confirmou que a CDU foi a voz dos trabalhadores e das populações. Foi assim:

- Na luta contra a extinção de freguesias.

- Na exigência de mais transferências para as juntas de freguesia e para as colectividade

- Na exigência de mais rigor e transparência na gestão dos recursos públicos

- Na defesa dos interesses dos trabalhadores do município, particularmente na luta pela reposição das 35 horas;

- Na luta pela exigência de mais investimento público seja na requalificação da EN125, seja nos portos do Algarve, seja nas ligações ferroviárias

- Na luta em defesa do Serviço Nacional de Saúde e dos serviços públicos em geral, com destaque para a situação em que foi colocado o Centro Hospitalar do Barlavento, ou para a situação em que se encontra o serviço de finanças em Lagoa que visitámos recentemente

- Na defesa do aparelho produtivo, com destaque para a produção vinícola no concelho

Mais nenhuma outra força política se pode orgulhar deste património de luta. É o nosso trabalho a melhor garantia para as eleições.

É por isso que Confirmar e reforçar as posições da CDU em 1 de Outubro próximo é garantia de ver prosseguido o trabalho, a capacidade de realização, a atenção aos problemas e aspirações populações.

Mas é também a garantia de que a população e os trabalhadores deste concelho contarão com CDU para afirmar os seus direitos, dar mais força à defesa do direitos à saúde, à educação, à protecção social.

Mais CDU em Outubro significará também um elemento de afirmação e defesa do poder local democrático.

O poder local — enquanto conquista de Abril, espaço de realização e transformação das condições de vida, factor de participação e de milhares de cidadãos — é inseparável do trabalho e contribuição dada pela CDU ao longo de sucessivos mandatos.

Foi na CDU que o poder local encontrou a força da resistência à ofensiva que o governo PSD/CDS desencadeou.

É, e será, na CDU que o poder local democrático encontrará o factor mais decisivo e coerente para o dignificar e fortalecer.

A defesa e valorização do poder local é inseparável da criação de condições para que cada autarquia tenha os meios necessários ao desempenho das suas atribuições e competências.

Não é possível falar seriamente de descentralização à margem da criação das regiões administrativas, ignorando as limitações financeiras e administrativas a que as autarquias têm estado sujeitas, procurando confundir transferências de responsabilidades com passagem de encargos.

O que as autarquia precisam é de ver reposto os seus níveis de financiamento, a devolução do poder de decidir da sua organização e estrutura de funcionamento, da sua autonomia.

Não é sério falar de descentralização e proximidade e recusar ao mesmo tempo a reposição das freguesias liquidadas como ainda recentemente PS, PSD e CDS fizeram, chumbando na Assembleia da República a proposta apresentada pelo PCP.

Poucos negam que a CDU - pelo seu trabalho e reconhecido património de obra e realizações – é uma grande força política nacional nas autarquias, indissociavelmente ligada à construção do poder local, à sua afirmação como espaço de resolução de problemas e de intervenção a favor do desenvolvimento e bem estar das populações.

«Trabalho, Honestidade e Competência», esta expressão associada à Coligação Democrática Unitária traduz o percurso de intervenção que é justamente reconhecido à acção dos seus eleitos.

Uma expressão que não é um mero slogan, um mero alinhamento de características presentes na intervenção, no trabalho e na gestão da CDU.

«Trabalho, Honestidade e Competência» corporizam um projecto, um estilo de gestão e de exercício de poder, um conjunto de opções, orientações e prioridades que tornam a CDU uma força com presença distintiva no poder local.

Uma presença distintiva pelo seu projecto e obra realizada.

Distintiva pela dimensão democrática e participada presente na sua gestão.

Distintiva pela posição intransigente de defesa dos serviços públicos e do acesso à saúde, à educação, à cultura, à protecção social e à mobilidade.

Distintiva pela defesa da gestão pública da água enquanto bem público.

Distintiva pela valorização atribuída aos trabalhadores das autarquias locais, aos seus direitos e condições de trabalho.

Distintiva pela forma como se relaciona, estimula e apoia o movimento associativo popular.

Distintiva pela clara assumpção de critérios de gestão pública e de recusa das opções de privatização para que pretendem empurrar o poder local.

Distintiva pela política de uso do solo determinada pelo interesse público e não pela especulação.

Aqui estamos, de novo para dar força a um projecto com provas dadas e de reconhecida qualidade na intervenção e gestão nas autarquias.

Aqui estaremos para prosseguir essa intervenção reconhecida mesmo por muitos que com opções políticas diversas vêem na CDU um factor de progresso e desenvolvimento dos seus concelhos e freguesias, a garantia maior de um trabalho ao serviço das populações.

A CDU tem sido, é, e continuará a ser sinónimo, em largos sectores da população, de condição decisiva para a defesa dos seus direitos, para a solução dos problemas e para a promoção do desenvolvimento e progresso locais.

Uma ideia justamente construída pelo nosso trabalho, pela obra realizada, pela capacidade de dar resposta a problemas, pela inovação e soluções, pela identificação com as aspirações populares, pelo respeito com os compromissos assumidos.

Hoje como sempre é necessário que se confirme também no plano nacional a consciência do papel decisivo do PCP e da CDU, da necessidade do seu reforço, da importância do seu peso na vida política.

Não são só as freguesias e os concelhos deste país que ficam a ganhar com a intervenção da CDU.

É o País que precisa do trabalho, da honestidade e da competência do PCP e da CDU.

Assim o comprova a vida política nacional.

O caminho feito na defesa, reposição e conquista de direitos é inseparável da contribuição decisiva do PCP.

Um caminho só possível pela nova relação de forças, pela luta dos trabalhadores, pela intervenção do PCP e do PEV.

Um caminho que para conhecer novos avanços, mesmo que limitados, só pode prosseguir pela nossa intervenção e sobretudo pela ruptura dos compromissos do governo do PS com os interesses do capital monopolista e com a submissão às imposições da União Europeia.

Assim como no plano local a nossa intervenção é determinada pelos compromissos assumidos, também no plano nacional o nosso compromisso é com os trabalhadores e o povo.

Anda mal o governo minoritário do PS se insistir em opções que ignorem o reforço dos direitos dos trabalhadores, a valorização da contratação colectiva, a revogação das normas gravosas da legislação laboral.

Anda mal o governo minoritário do PS se persistir em opções políticas que não tocam nos interesses da banca, dos grupos monopolistas no sector da energia, que não coloquem a necessidade do país recuperar aquilo que é seu, os seus sectores estratégicos entretanto privatizados.

Anda mal o governo do PS se continuar a ignorar a importância do aparelho produtivo, do país substituir importações por produção nacional. Para o PCP, para a CDU, nem o Algarve, nem o país, podem viver apenas do turismo. A nossa agricultura, as nossas pescas, a nossa indústria, não são para figurar num museu, são parte integrante do Portugal desenvolvido que queremos construir.

O que os trabalhadores e o povo esperam é que se reforce o investimento nas funções sociais do Estado que assegure o seu direito de acesso à saúde, à educação e à cultura ou que se dê resposta aos problemas dos transportes públicos.

Não, que se prossiga a redução do défice ao sabor dos ditames do ministro das Finanças alemão ou amarrados a uma dívida que esgota os recursos nacionais.

O que os trabalhadores e o povo esperam é novos avanços e progressos no plano dos seus direitos, salários e rendimentos e não a insistência em opções que os limitem ou neguem.

É essa a determinação do PCP.

Mais força do PCP e da CDU significará mais intervenção no plano nacional e local para dar expressão à defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo, maiores possibilidades de novos avanços e de ir mais longe na política de defesa, reposição e conquista de direitos.

O reforço do PCP tornará mais próxima a concretização da política alternativa patriótica e de esquerda que Portugal precisa para dar resposta aos problemas do País e assegurar o desenvolvimento soberano a que tem direito.

Uma política que valorize o trabalho e os trabalhadores, promova a produção nacional e crie emprego, assegure o investimento,

defenda os direitos à saúde, à educação e à protecção social,

recupere para o Estado o controlo sobre empresas e sectores estratégicos, a começar pela banca, inscreva como objectivos a renegociação da dívida, liberte o País da submissão ao Euro.

Não separamos esta eleições da nossa acção mais geral por uma política que dê resposta aos problemas nacionais.

Não ignoramos também a natureza especifica de eleições locais e as exigências que elas colocam.

Travaremos esta batalha eleitoral assumindo a identidade própria da CDU, afirmando a natureza diferenciada do seu projecto, assumindo-se como força de alternativa quer a PSD e CDS, quer a PS e BE.

A CDU marcará presença em todo o País com as suas propostas e programas.

Não nos verão escondidos sob falsos projectos «independentes» que, a coberto de candidaturas de cidadãos eleitores, acolhem, na maioria das situações, disfarçadas coligações, arranjos partidários ou espaço de promoção de ambições pessoais ou de interesses económicos.

A CDU assume de cara levantada o seu projecto, as suas propostas e compromissos.

A CDU é este espaço de democracia, onde cabem todos os que aspiram e exigem uma real mudança de políticas, todos os que se identificam com a causa pública e se colocam ao serviço dos interesses dos trabalhadores, as populações e o povo português.

Espaço para onde conflui a força e a vontade dos que confiam em que é possível uma vida melhor, em que é possível convencer pela razão e justeza das suas posições políticas e vencer pelo trabalho e luta por um Portugal de progresso e justiça social.

Viva a CDU