PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS
Grupo Parlamentar
PCP exige medidas de apoio aos moradores e comerciantes de Albufeira afetados pela intempérie do passado dia 1 de Novembro
Comunicado:
Uma delegação do PCP, integrando o deputado Paulo Sá eleito pelo Algarve, deslocou-se ontem, dia 3 de novembro, a Albufeira, para contactar os moradores e comerciantes afetados pelas inundações do passado domingo e lhes manifestar a sua solidariedade neste momento de grandes dificuldades e provação.
A delegação do PCP pôde inteirar-se dos gravíssimos danos causados pela intempérie, quer ao nível das infraestruturas municipais, quer ao nível das habitações, estabelecimentos comerciais e viaturas.
A dimensão dos danos e dos prejuízos exige que o Governo decida, com caráter de urgência, sobre a declaração de calamidade pública, requerida pela Câmara Municipal de Albufeira, e que disponibilize os meios necessários e adequados para o apoio à reconstrução da baixa da cidade, assim como para o apoio a moradores e comerciantes que sofreram avultados prejuízos.
As declarações do recém-empossado Ministro da Administração Interna, aquando da sua visita na passada segunda-feira a Albufeira, não auguram nada de bom. Quando se exigia que o Governo anunciasse a disponibilização urgente de meios de apoio à autarquia e às populações, o Ministro preferiu falar de “lições de vida”. Um desastre como aquele que se verificou em Albufeira no passado domingo não é uma “lição de vida”. O que as populações precisam, neste momento de provação, é de apoio material e de solidariedade e não de “lições de vida”.
A severa inundação da baixa de Albufeira exige que, após a indispensável mobilização para a reconstrução e o retorno à normalidade, se faça uma reflexão sobre as opções urbanísticas do passado e do presente, em particular no que diz respeito à ocupação dos leitos de cheia das ribeiras. As sucessivas opções urbanísticas das quais o Estado se desresponsabilizou transformaram estas zonas em zonas de risco. A baixa de Albufeira é assolada periodicamente por cheias de grande magnitude, exigindo que sejam estudadas e equacionadas formas de resolver, definitivamente, o problema do convívio da cidade com a sua ribeira.
Faro, 4 de novembro de 2015