PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS
PS, PSD e CDS rejeitam admissão de petição de 6.500 algarvios que pediam o fim das portagens na Via do Infante
Comunicado:
O PS, PSD e CDS rejeitaram a admissão de uma Petição, subscrita por 6.527 algarvios, que pedia a revogação imediata das portagens na Via do Infante.
A Petição n.º 481/XII/4.º, intitulada “Pelo fim das portagens na Via do Infante,” promovida pelo Movimento Algarve sem Portagens, deu entrada na Assembleia da República no dia 12 de março de 2015, tendo sido remetida para a Comissão Parlamentar de Economia e Obras Públicas.
Na reunião do dia 1 de abril de 2015, os deputados do PS, PSD e CDS que integram esta comissão parlamentar decidiram, com a frontal oposição do PCP, não admitir esta Petição, alegando para o efeito que a Assembleia da República já havia discutido uma outra petição, entrada na Assembleia da República em julho de 2012, que pedia a suspensão imediata das portagens na A22/Via Infante de Sagres. Assim, a Petição n.º 481/XII/4.º foi imediatamente arquivada, sem discussão do seu objeto.
Desta forma, o PS, PSD e CDS mostraram um profundo desrespeito por milhares de algarvios que, exercendo o seu direito de petição, haviam pedido à Assembleia da República que discutisse a abolição das portagens na Via do Infante tendo em conta as consequências extremamente negativas para a economia regional e para os utentes deste eixo rodoviário.
Enquanto no Algarve, dirigentes, deputados e autarcas do PS, PSD e CDS fazem inflamados discursos contra as portagens na Via do Infante, em Lisboa, na Assembleia da República, estes três partidos tudo fazem para que o assunto não seja discutido e as portagens se perpetuem. O PCP não pode deixar de denunciar veementemente esta hipocrisia política de quem no Algarve diz uma coisa e em Lisboa faz exatamente o contrário.
O PCP, fiel aos seus compromissos com as populações da região algarvia, apresentará em breve uma iniciativa legislativa propondo a abolição das portagens na Via do Infante, dando voz aos milhares de algarvios que o PS, PSD e CDS quiseram calar ao recusarem a admissão da Petição n.º 481/XII/4.º.
Faro, 13 de abril de 2015